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sexta-feira, 4 de maio de 2012

Para descontrair um pouco...



Newton X Einsten

Chegando ao céu, Einstein é recepcionado por São Pedro, que o encaminha aos seus aposentos. No dia seguinte, ainda meio aturdido pelos últimos acontecimentos, sai para um passeio, caminhando calmamente pelos jardins envoltos por uma névoa fina e delicada. O lugar é tranquilo, com pouca gente circulando, todos com uma impecável veste branca.
- Parece que o céu não é um lugar muito povoado mesmo – pensou.

Mais adiante, ele avista um senhor sentado em um banco embaixo de uma grande árvore. Uma figura estranha, magro e com uma peruca branca de cabelos encaracolados e compridos. Einstein se aproxima e o cumprimenta.
- Está um lindo dia não?
- O senhor deve ser o famoso Einstein, estou certo? – respondeu secamente o senhor da peruca.
- Correto. Mas como sabia? – perguntou Einstein, surpreso.
- Foi Deus quem me falou ontem que você estava para chegar.
- Deus?
- E quem mais haveria de ser?
- Então podemos conversar com Deus, senhor, senhor…?
- Newton. Isaac Newton.
-Isaac Newton!!! Estou diante de Isaac Newton? Mas é uma honra!

Mas Newton pareceu estar aborrecido com Einstein e não retribuiu o elogio. E em seguida perguntou, em tom áspero.
- Então foi o senhor que minimizou a importância das minhas descobertas?
- Como assim, não estou entendendo… – respondeu Einstein, dissimulando.
- A mecânica newtoniana foi transformada em um caso particular, depois da sua teoria geral da relatividade.
- Puxa, sinto muito se o magoei. Não foi intencional. Sabe como é, a ciência tem que evoluir. Além do mais, cedo ou tarde alguém teria descoberto a mesma coisa.
- Você alterou totalmente o entendimento da gravidade. De onde você tirou aquela ideia de espaço curvo?
- Bem, eu…
- Deixe prá lá. Isso não tem mais importância. Mas eu tinha que falar. Estava engasgado.
- Aceita um mel? – perguntou Newton, tirando um potinho da sacola.
- Não obrigado! Mas a sua teoria é muito importante para a maioria dos casos.
- Obrigado. – e levantando-se com o potinho de mel nas mãos, diz – Agora tenho que ir para minha aula de harpa.

E antes que Einstein dissesse alguma coisa, Newton complementa.
- À tardezinha tem happy hour com Deus no jardim principal. Reunimo-nos todos os dias para jogarmos dados. Não quer ir?
- Mas Deus não joga dados! – exclamou Einstein, surpreso.
- Isto é o que você pensa! Aliás, é a única coisa que se pode jogar por aqui. Cartas é só lá embaixo. Sabe como é…
- À propósito. Ele me levou para dar uma espiadinha no futuro. Dois mil e pouquinho. Sua teoria está sendo muito usada lá. Utilizam para cálculos em telecomunicações, viagens espaciais, laboratórios de pesquisa e muito mais. Parabéns.
- Obrigado. – respondeu Einstein, satisfeito.
- Ah, já ia me esquecendo. Tem outra teoria que está fazendo muito sucesso por lá. Chamam de teoria das supercordas. E ao que tudo indica a sua teoria geral é um caso particular desta.

E, virando as costas, Newton se afasta, com um sorriso debochado no rosto, como a dizer – sua teoria também não é completa.
Einstein, encucado, observando Newton se afastar, exclama para si mesmo:
- Hum! Há séculos aqui e nem harpa aprendeu a tocar ainda.

Escrito por Belmiro Wolski e editado por Pedro Cornélio

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